O artigo "Quando o Sofrer me Alcançar!...", de Gilda Shimizu, que era aluna do 2º ano Clássico em 1955, foi publicado na revista Idealista, Ano XI, nº 77, de Novembro de 1955, na primeira página. Um xerox da página foi enviado ao site por Elias Medeiros.

Nem uma vida jamais se fez bela sem o sofrimento. Ele molda o caráter e forja a alma de cada homem que não se deixa abater sem lutar, mas que reage com fé e vigor; ele engrandece e ilumina a existência de cada ser humano que luta contra pequenos ou grandes problemas e resiste a todas as vicissitudes de cada dia.

Todos os homens sofrem. Assim como ninguém foge da morte, ninguém pode esquivar-se ao sofrimento. Somente uns sofrem lamentando a própria sorte, fazendo grandes alardes ou resignadamente com espírito de derrota; outros, silenciosamente, buscam no sofrimento, cada dia, uma pequena dose para a santificação de suas vidas, o pão cotidiano para alimentar as energias morais ou, ainda mais, sofrem alegremente, corajosamente, certos de que "a existência nunca é maior, mais fecunda e mais feliz que no sofrimento".

Desde que nascemos só fugiremos ao sofrimento se desposarmos a morte. Se quisermos, pois, viver é preciso que saibamos vencer as lutas. Mesmo sendo fracos, não permitir que a miséria ou a desgraça nos derrotem, ou, se cairmos, levantar com mais coragem para outras quedas maiores.

É preciso encarar o sofrimento com o olhar calmo, o coração sereno e confiantes em Deus e em nós mesmos. Sobretudo, é preciso não temer!

Todos nós sofremos. Somente depende de nós a vitória, o êxito, porque o sofrimento nunca será maior do que as nossas forças. Somente depende de nós sabermos sofrer...