Os Trabalhos do General Rondon
Delimitou uma das mais longas fronteiras terrestres do mundo. Desenrolou milhares de quilômetros de fios telegráficos através do sertão brasileiro e pacificou muitas tribos de índios do nosso interior. Trouxe para o museu nacional milhares de espécimes até o momento desconhecidos pela ciência. Nasceu em 1865 perto de Cuiabá, filho de uma índia bororó e neto por parte de pai dum bandeirante paulista; ficou órfão aos 2 anos. Aprendeu com a avó as primeiras letras sendo mais tarde ajudado por um tio no prosseguimento dos seus estudos. Revelou talento para a engenharia e aos 16 anos terminava o curso preparatório. Concorreu aos exames de admissão à Escola militar e enquanto esperava a classificação serviu como secretário da circunscrição regional de Cuiabá. No transcurso dos estudos entretinha-se a verificar o mapa do Brasil, observando os lugares onde se lia: "Região desconhecida, habitada por índios selvagens". Terminando os estudos foi trabalhar pela pacificação dos índios, esforçando-se para integrá-los na civilização. Catequizou também os terríveis Nhambiquaras. Em 1932, o Perú e a Bolívia estiveram na eminncia de um conflito determinado por desacôrdos referentes a limites. O general Rondon, com o seu prestígio e prudência, resolveu pacíficamente a questão. A região que o general Rondon explorou pelo interior do Brasil, oferece possibilidades para a agricultura, a pecuária e exploração minéria. Vastas florestas existem lá com madeiras de lei e as muito úteis árvores da borracha, as seringueiras. A civilização marcha para o oeste. As estradas de ferro e de rodagem começam a atingir essa região. A obra civilizadora e patriótica de Rondon continúa e o seu gigantesco trabalho vem redundar em benefício de todo o Brasil. Josué de
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