O Ministério da Música no JMC
O JMC tem sido chamado, com muita razão, de um "Celeiro de Profetas", e tem cumprido assim um papel de suma importância no desenvolvimento da Igreja Evangélica Brasileira, fornecendo líderes e orientadores para o campo branco e extenso da Seara Nacional. E nossa igreja brasileira já está se amadurecendo, com o decorrer dos anos. Os celeiros abarrotados precisam ser acudidos e expostos de maneira direta à luz do sol nutritivo e vivificante que é Deus. Alguém sonhou com um JMC. musical, um "Celeiro de Salmistas", que produzisse "Ministros da Música" regentes, organistas e cantores para o trabalho da igreja. O JMC tem reservas estupendas de possibilidades para ser êsse fornecedor de "Ministros da Música" vocacionados para os recantos dêste Gigante Brasileiro. Êstes "Ministros da Música", trabalhando de mãos dadas com os pastôres locais, servindo uma ou mais igrejas, poderão orientá-los a cantar bem, a ter música realmente sacra, a dirigir côros e prepará-los com todo o desvêlo musical e sacro. Poderão também cultivar vozes e outros talentos musicais, que podem ser usados na igreja; não raro, êstes talentos são quais pedras preciosas, espalhadas em estado bruto por êste solo árido e pouco pisado do Brasil. Alguém precisa sair e colhêr os diamantes! Se pudéssemos levar nossos ministros brasileiros e os regentes de coros nacionais para uma viagem no mundo espiritual da música, êles veriam o quanto seus coros e suas congregações poderiam melhorar no canto sacro! O "mais ou menos" tem prevalecido demais nesse campo. Não tem havido pessoas com profundo conhecimento de música sacra para afastar as afrontas da música popular rasteira e de carnaval à música solene, sublime e digna de ser uma oferenda a Deus. Não existe quase, em nossos hinários, músicas brasileiras, escritas por brasileiros competentes e consagrados ao mesmo tempo. Poucos são os regentes que entendem da arte do canto, combinada com a arte musical. Outros fazem barbaridades colocando mal os acentos e as sílabas na música, com textos ou músicas pouco artísticas, indignas de serem usadas para Deus. É grande a plêiade de regentes que regem o côro como se os coristas fôssem um realejo, do qual êles são meros "viradores de manivela", com punhos rijos, músculos tensos, faces imutáveis que dificultam e influenciam de maneira indiscutível o cantar do côro. O pior é que realmente essas pessoas são muito dedicadas e consagradas e devem positivamente receber congratulações para o que fazem. A culpa, está claro, não é delas. Mesmo se elas quisessem estudar música sacra, música realmente digna de Deus, onde iriam elas? Pois o sonho que vive ardente no coração de alguns, é essa espécie de escola, que começa a existir no JMC. Não há dúvida que foi Deus quem formulou êsse sonho primeiro. Êle muito ajudou, para que o sonho comece a se tornar uma realidade. Para que a realidade se apressasse foi preciso fazê-la conhecida. Ao começar funcionar a "escolinha" de música sacra no JMC, no início do ano letivo, as portas foram se abrindo uma a uma e o sonho começou a se concentrar. Cêrca de 20 pessoas foram matriculadas e o número aumenta quase que mensalmente. Muitos viajam e fazem sacrifícios para freqüentar as aulas, mas a "escolinha" está sendo ricamente abençoada! O sonho de vê-la ampliada, melhor acomodada e fornecendo "Salmistas" à igreja brasileira, depende da simpatia e orações dos que consideram êste sonho seu, para bem servir a Igreja Evangélica Brasileira. João Wilson Faustini |