Música e Musicistas: Apresentando

Uma das mais belas artes tem sido, sem dúvida, a música. Porque não dizer a mais bela, a mais dignificante, a mais elevada de tôdas as artes.

Lutero já dizia: "A música é a arte dos profetas, é a única arte, além da teologia, que tem o poder de acalmar as agitações da alma e afugentar o demônio."

Através dos séculos a música tem tido aquêles que a amam apaixonadamente e nos vários países do mundo têm surgido vultos de compositores a cuja memória temos que nos curvar e reverenciar.

Quando pensamos em um João Sebastião Bach, "Deus da Música", como foi apelidado, não podemos deixar de fazer relação entre a música e o Sublime. A música de J. S. Bach é profundamente religiosa e sempre que a ouvimos nossa alma voa até às maiores alturas. Creio ser êste fato uma experiência de todos. Quando ouvimos trechos como o que é usado para o hino 171 do H.E. ou 22 do S.H., que é da "Paixão Segundo S. Mateus", quem não sente a verdade expressa na poesia e quem não sente o seu coração exultar de júbilo, pois a música nos contagia. Quem ouvindo "Jesus, Alegria dos Desejos Humanos", ainda em Bach, não sente seu sêr transbordar de alegria que Cristo nos doa?

Beethoven, com sua "Nona Sinfonia", de onde foi extraído o hino "Tuas Obras te Coroam", com as demais sinfonias e sonatas; e Hendel, com seu "Messias", são também, compositores que nos legaram as mais preciosas pérolas, os mais belos diamantes, jóias cujo valor dia a dia é maior.

Bach escreveu sempre para o louvor de Deus, em tôda sua vida. A música que não fosse para a glória de Deus – para Beethoven – não era música.

A música sacra tem tido a função nobre de elevar a nossa espiritualidade e melhorar, divinizar mesmo, o nosso louvor a Deus.

De acôrdo com o que transcreveremos de uma conferência de D. Henriqueta R. Fernandes Braga, a música sacra tem sido o resultado da comunhão intensa com Deus.

Ela diz: "Experiências de um real encontro com Cristo, o Salvador, produzem peças vivificantes, capazes de comunicar a outras as riquezas espirituais dessa comunhão e de aproximá-los de Deus.

"Mas é preciso idêntica atitude por parte do executante, para que bem traduza a mensagem contida na peça que interpreta. Sem que realmente viva e sinta com tôdas as veras da sua alma o que está cantando ou tocando, jamais poderá transportar quem quer que seja à presença divina. E a música sacra, sendo realmente uma expressão de fé, só se justifica nêsse clima de expressiva sinceridade, em que o ser humano voluntàriamente se humilha, para conscientemente glorificar o Trino Deus."

Nesta coluna, durante êste ano, pretendemos trazer alguma cousa sôbre música ou musicistas .

Sempre temos observado que todos se impressionam muito com os grandes compositores estrangeiros. Pelo menos no início, queremos nos impressionar mais com aquilo que é nosso, o que é de fora já está bem conhecido.

Aguardem, pois, do próximo número em diante, a apresentação de compositores brasileiros.

Joaquim S. Costa
3º Ano Clássico

           
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