A Fé

Tu és força sublime e misteriosa,
Pois que conténs a essência desta vida
E vertes essa luz esplendorosa
Que é Deus uma chama desprendida.

Tu és norte e consôlo do que luta
Pela sombria senda desta vida
E a suprema razão que a alma escuta
Quando se acha prostrada e abatida.

Tu educas o espírito do mundo
E inspira-nos a fôrça e a verdade;
Levas o sêlo de um amor fecundo
E engendras o valor e a caridade.

Por ti nascem e morrem as nações
Em seu ascenso ao cúmulo da glória
E os séculos agitam suas paixões
No excelso seio e coração da História.

És frágua de imortal e doce espr’ança;
Fortaleza criadora; luz e amor;
Hino ardente de justa confiança
Com que alma mitiga a sua dor.

És pérola radiante que fulgura
No seio d’alma, oculta e escondida;
Auréola de sublime formosura
Com que o homem coroa sua vida.

És emblema de paz, também de glória,
Eterno, germinando qual semente
Que sempre o homem guarda em sua memória
E a guarda qual sagrada chama ardente.

És arco-íris translúcido dos céus;
És fonte larga, extensa e torrencial,
Que a vontade consigo traz, de Deus,
E à alma luz ativa e perenal.

Efrain Martinez, tradução do espanhol de
Enoch Pereira – II Ano Clássico

           
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